Ele não nasceu entre os morros que escondem a Prainha de São Miguel, mas foi ali que o ex-funcionário do Banco do Brasil descobriu um paraíso para seus dias de aposentado. A atmosfera praieira, a intimidade dos locais com o mar, o peixe farto embarcando em sua voadeira de alumínio, o tempo que quase não passava. Tudo isso atraíra Jaime Schmitt da Luz para esse recanto de pescadores em Penha, a 110 km da capital catarinense. Só não imaginara que as pessoas desse lugarejo fossem, pouco a pouco, converter-se em personagens de sua sensibilidade literária e de seu humor travesso. Foi juntando manuscritos aqui e ali e distribuindo aos amigos das letras. Depois do conflito entre a vontade e a dúvida de quem cogita dar à luz uma obra, decidiu fazer-se escritor.